Faço parte de um programa de
formação à distância de educadores. Este blog é uma das atividades propostas e
quero aqui registrar minhas experiências no campo da leitura e escrita. O mundo
da leitura começou muito cedo em minha vida. O meu pai foi o responsável por
isso; estava sempre atento para saber o que eu estava lendo e pedia para que eu
contasse sobre o livro que eu tinha lido. Na minha rua tinha uma família
portuguesa e na casa deles tinha uma biblioteca e eles sempre emprestavam
livros. Nessa época vivi um mundo de sonhos, de imaginação e muitas vezes eu me
sentia nos Alpes suíços. Foi dessa família que eu ganhei o meu primeiro livro
de capa dura: “Alice no país das maravilhas”. Na minha casa tinha livros de
vários autores, mas o que me marcou foi o Érico Veríssimo. Fiz a minha mãe
arrumar um gato para que eu colocasse o mesmo nome do gato que é um personagem
do livro Clarissa, Micefufe. Ler é uma aventura e relembrar tudo isso está
sendo muito agradável. Hoje continuo com o hábito da leitura e gosto de ler
bibliografias para saber em que momento e o porquê o escritor escreveu aquele
romance, conto, poesia, música, enfim o que está por trás de todo sentimento.
Gosto muito de ler os livros da Clarice Lispector e no começo do ano li a sua
bibliografia que continha também considerações críticas sobre a sua obra
literária e jornalística – Clarice: uma vida que se conta, da professora Nádia
Battella Gotlib. A minha fase de escrita começou aos 15 anos quando fui morar
longe dos meus pais. Eles estabeleceram que toda semana tinha que escrever uma
carta. Essa foi a maneira que eles encontraram para fazer a correção da forma
como eu estava escrevendo. Questionei o fato de que telefonar era mais prático
e dizia faça os dois. Isso foi muito importante para mim.
Depoimento de Aracélis Ferreira
Depoimento de Aracélis Ferreira
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